Portugueses em destaque no Visions du Réel

12/03/2025
Icon artigo
Há dois filmes com assinatura portuguesa na competição internacional de longas-metragens da 56ª edição do Visions du Réel. "Aurora", de João Vieira Torres e "Nuit obscure – 'Ain’t I a Child?'", de Sylvain George integram a lista competitiva deste festival de documentários, que decorre de 4 a 13 de abril, em Nyon, na Suíça.
"Aurora", do franco-brasileiro João Vieira Torres, é uma coprodução luso-francesa com a Primeira Idade. Este filme documental surge na sequência de um sonho do realizador que o levava à procura dos filhos que a sua avó Aurora, parteira, ajudou a nascer. Ao longo desses encontros com os vivos e mortos descobre destinos trágicos marcados pela violência contra mulheres.

Nesta competição do festival suíço, destaca-se também "Nuit obscure – 'Ain’t I a Child?', do francês Sylvain George, coproduzido entre a Suíça e Portugal, pela Kintop. Esta obra é o capítulo final de uma trilogia sobre políticas de migração que o realizador fez, acompanhando três jovens de Marrocos em Paris. 

Este filme surge depois de "Nuit obscure – ‘Feuillets sauvages’" (2022) e "Nuit obscure – ‘Au revoir ici, n’importe où’" (2023).

No Visions du Réel estarão também presentes, em estreia suíça, os filmes "Tardes de solidão", um retrato da tauromaquia espanhola pelo realizador Albert Serra, e "Pedras Instáveis", filme experimental da polaca Ewelina Rosinska, inspirado em paisagens portuguesas, ambos com coprodução portuguesa.

Como já tinha sido anunciado anteriormente, a filmografia de Cláudia Varejão será homenageada com uma retrospetiva, que inclui quatro longas-metragens e sete curtas, e a cineasta será responsável por uma masterclass.

No seu cinema, a realizadora e artista visual portuguesa já deu voz à juventude queer açoriana, em "Lobo e Cão" (2022), retratou mulheres refugiadas em Portugal, na curta-metragem "Kora” (2024), filmou japonesas pescadoras que mergulham em apneia nas águas do Pacífico, em "Aman-san” (2016), ou ainda os bailarinos da Companhia Nacional de Bailado, com "No escuro do cinema descalço os sapatos” (2016).
 

Utilização de cookies: Ao continuar a sua navegação está a consentir a utilização de cookies que possibilitam a apresentação de serviços e ofertas adaptadas aos seus interesses. Mais informações