Portugal contemplado com dois galardões em Cannes

26/05/2025
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As coproduções portuguesas que competiam na secção Un Certain Regrad foram distinguidas com um prémio de melhor interpretação para Cleo Diára e outro de melhor realização para os palestinianos Arab e Tarzan Nasser.
A atriz Cleo Diára foi agraciada com o prémio de Melhor Atriz na secção Un Certain Regard do Festival de Cannes, pela sua interpretação em "O Riso e a Faca", a mais recente longa-metragem de Pedro Pinho. Um filme produzido pela Uma Pedra no Sapato e Terratreme Filmes com o Brasil, França e Roménia.

A atriz cabo Verdiana formou-se na Escola Superior de Teatro e Cinema e integrou o elenco de várias produções portuguesas como "Diamantino", de Gabriel Abrantes, "Verão Danado", de Pedro Cabeleira, e "Nha Mila", de Denise Fernandes. 

"O Riso e a Faca”, segue a história de Sérgio, um engenheiro ambiental português que vai trabalhar numa organização não-governamental em África no projeto de uma estrada entre o deserto e a selva e além de Cleo Diára conta com interpretações de Sérgio Coragem e Jonathan Guilherme.

"O Riso e a Faca" é a segunda longa-metragem de ficção de Pedro Pinho, depois de "A Fábrica do Nada", também estreada em Cannes em 2017, onde recebeu o Prémio Fipresci.


O prémio de Melhor Realização de Un Certain Regard foi para os cineastas palestinianos Arab e Tarzan Nasser, pelo filme "Era uma vez em Gaza", que tem coprodução minoritária de Portugal, através da Ukbar Filmes, França (Les Films du Tambour), Alemanha (Riva Filmproduktion e Red Balloon) e Palestina (Made in Palestine Project and Jordan Pioneers), que teve apoio ICA, RTP e Eurimages.

A Ukbar já tinha coproduzido o filme anterior dos irmãos Arab e Tarzan Nasser, "Gaza, meu amor”.

Ao receberem o prémio, em Cannes, os realizadores saudaram a "Palestina livre".

Esta 78ª edição do Festival de Cinema de Cannes entregou a Palma de Ouro ao cineasta e dissidente iraniano Jafar Panahi pelo filme "Um Simples Acidente”, um thriller moral que examina o dilema de antigos detidos tentados a vingar-se do seu torturador, num ataque direto à arbitrariedade das forças de segurança. Uma longa-metragem rodada clandestinamente que pretende promover uma reflexão sobre a justiça e a vingança perante a arbitrariedade. 

O filme "O Agente Secreto”, do realizador brasileiro Kleber Mendonça Filho, ganhou três prémios: Melhor Realização, Melhor Ator para Wagner Moura, e o prémio Fipresci da crítica internacional de cinema.

O Festival terminou a 24 de maio.
 

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