A sua ligação à sétima arte remonta ao início da década de 1960, com a produção de filmes fundadores do Cinema Novo português, como "Os Verdes Anos” (1963), de Paulo Rocha, e "Belarmino” (1964), de Fernando Lopes. Este envolvido em dezenas de produções, em particular a partir dos anos 1980, como "O Bobo” (1982), de José Álvaro de Morais, "Balada da Praia dos Cães” (1986), de José Fonseca e Costa, "O Fio do Horizonte” (1993), de Fernando Lopes, "Aqui na Terra” (1993), de João Botelho, e "Terra Sonâmbula” (2006), de Teresa Prata. Também produziu telefilmes, especialmente para a SIC, como "Monsanto” (2000), de Ruy Guerra, "Mustang” (2000), de Leonel Vieira, e "Facas e Anjos” (2000), de Eduardo Guedes. Assumiu um papel relevante como distribuidor, com a fundação da Animatógrafo, que permitiu a chegada a Portugal de obras de realizadores como Sergei Eisenstein, Glauber Rocha, Bernardo Bertollucci, François Truffaut e Jean-Luc Godard. Enquanto produtor associado, esteve envolvido em filmes como "Angústia” (1964), de François Truffaut, "O barbeiro da Sibéria” (1998), de Nikita Mikhalkov, "Belle Époque” (1992), de Fernando Trueba, e "A filha de D’Artagnan” (1994), de Bertrand Tavernier. Em 1979, integrou a administração do Instituto Português de Cinema e foi administrador e presidente da Tobis Portuguesa de 1978 a 1982. Foi membro honorário da Academia Portuguesa de Cinema, agraciado pela Presidência da República com o grau de Grande-oficial da Ordem do Infante D. Henrique. |