Cinema português em Roterdão
Fonte: Com Lusa
18/12/2023
A 53.ª edição do IFFR - Festival Internacional de Cinema de Roterdão, que decorre de 25 de janeiro a 04 de fevereiro, conta com alguns filmes portugueses e coproduções em cartaz. Os filmes “O pior homem de Londres”, de Rodrigo Areias, e “Mário”, de Billy Woodberry, vão ter estreia mundial no evento dos Países Baixos.
Na competição "Grande Ecrã” está a longa-metragem "O pior homem de Londres”, de Rodrigo Areias. Inspirado em personagens históricas, o filme retrata o mundo dos pré-Rafaelitas, na era vitoriana. Grandes artistas, como Dante Gabriel Rossetti, Algernon Charles Swinburne e Elizabeth Siddal, que viveram e criaram numa atmosfera de liberdade, vício e amoralidade, e o famoso crítico John Ruskin… Entre eles, Charles Augustus Howell — o pior homem de Londres. Esta obra com produção da Leopardo Filmes, e que chega aos cinemas portugueses a 8 de fevereiro, conta no elenco com Albano Jerónimo, Edward Ashley, Scott Coffey, Victoria Guerra, Simon Paisley Day, Jean-François Balmer, Christian Vadim, Carmen Chaplin
Na secção "Harbour” estão "Mário”, documentário do realizador norte-americano Billy Woodberry, produzido em Portugal pela Divina Comédia, sobre o ensaísta e ativista angolano Mário Pinto de Andrade, um dos fundadores do Movimento Popular de Libertação de Angola e também o filme "Nome”, do realizador guineense Sana Na N'Hada, que recua à guerra colonial e à independência da Guiné-Bissau.
Há ainda a destacar as presenças da primeira longa-metragem de Diogo Costa Amarante, intitulada "Estamos no Ar”, que também fará a estreia mundial no programa "Harbour” de Roterdão, e de "Diálogos depois do fim”, de Tiago Guedes, com a apresentação de cinco dos 19 episódios/diálogos do projeto, que partem dos "Diálogos com Leucó”, de Cesare Pavese.
Ainda nesta secção está também "Greice”, uma ficção do realizador brasileiro Leonardo Mouramateus, com coprodução portuguesa pela Ukbar Filmes, sobre uma jovem estudante brasileira que se apaixona em Lisboa.
Na competição oficial, com Mónica Lima no júri de curtas-metragens e Billy Woodberry no de longas-metragens, está a primeira longa-metragem de ficção da realizadora brasileira Júlia de Simone, intitulada "Praia Formosa” coproduzida pela produtora portuguesa Uma Pedra no Sapato. De acordo com a sinopse, conta a história de Muanza, uma mulher natural do Reino do Congo, que foi traficada para o Brasil no início do século XIX. Ao despertar de um sono profundo em pleno ano de 2022, Muanza se depara com um Rio de Janeiro de tempos espiralados, onde figuras do passado e do presente são parte da busca por suas origens no território da cidade.
Na secção para curtas e médias-metragens figuram "Man of Aral”, de Helena Gouveia Monteiro, "On plains of larger river & woodlands”, de Miguel de Jesus, "À tona d'água" ("Water Hazard"), de Alexander David, e "O final feliz :)", de Duarte Coimbra.
Fora de competição, o Festival de Cinema de Roterdão vai acolher a exibição de uma nova cópia digital do filme "Aparelho voador a baixa altitude”, da realizadora luso-sueca Solveig Nordlund, digitalizado ao abrigo do projeto de digitalização do cinema português FILMar.
O documentário de Jorge Carvalho sobre o cineasta colombiano Luis Ospina (1949-2019), intitulado "Ospina Cali Colombia”, também foi selecionado para Roterdão.