Absolute Fabulous: the Movie, a tão esperada
adaptação cinematográfica da sitcom britânica de culto, terá honras de abertura
do festival. A partir daqui, seguem-se 8 dias com muito cinema, ou não
estivéssemos a falar de 114 filmes e de 27
países representados. A maior presença é do Reino Unido, com 44 filmes, graças
à retrospetiva dedicada a Derek Jarman. Com 12 filmes, surgem os EUA em 2º
lugar, seguidos de perto por Portugal, com 11 filmes.
Na Competição para Melhor Curta-metragem,
encontramos 3 filmes portugueses:
Brazil Jungle, de António da Silva, uma produção brasileira e portuguesa — "Um filme
multi-textural com a estética visual do documentário antropológico sobre
natureza. Um paraíso perdido na Amazônia brasileira. O sexo, o desejo são
instintos animais primitivos e universais. Este filme retrata um território
livre de tabus, onde todos os tipos de tribos e uma tipologia diversificada de
homens comunicam através da linguagem universal do cruising/pegação/engate. É
um retrato animalesco, mas também muito humano.”
Pedro, de André
Santos e Marco Leão — "Pedro
regressa a casa pela madrugada. Antes que o jovem rapaz consiga adormecer, a
sua mãe solitária arrasta-o para a praia.”
Traça, de Miguel
Bonneville — "Traça é composta por três episódios baseados nas biografias
de Jean Marc Gaspard Itard, Marie Antoinette e Friedrich Nietzsche. Com
histórias de vida diferentes, têm em comum um momento de devastação nas suas
relações pessoais. São esses momentos de ruína que as unem e é através delas
que revelamos os mecanismos de reflexão das suas vidas interiores.”
Na QL — In My Shorts, competição internacional de
curtas-metragens dirigida a estudantes de cinema, encontramos 5 filmes portugueses:
Children, Madonna and Child, Death and Transfiguration,
de Ricardo Vieira Lisboa — "Robert Tucker percorre as três primeiras
curtas-metragens de Terence Davies. Da infância à velhice, a trilogia apresenta
um personagem através de recorrências formais, narrativas e estéticas. Este
vídeo-ensaio apresenta os filmes num ecrã tripartido, organizando e pondo em
diálogo essas mesmas recorrências.”
Jadelynn, de Tatiana Ramos — "Jadelynn entra em palco.”
Meia-luz, de Giuliane Maciel — "Presa num ciclo de sofrimento, uma jovem revive
continuamente as memórias de uma vida há muito estagnada. Desprender-se do seu
passado é a única forma de quebrar o ciclo e renascer.”
Morrer no Mar, de Sérgio Galvão Roxo — "Dois irmãos trocam um cigarro. De olhos
fechados, é verão. Veem-se pela última vez. Uma mulher e um homem falam de
amor. De amor não correspondido. Um homem amado está morto. A corrente leva os
corpos. O lugar de onde vieram já não existe.”
Sur les Pointes, de Diana Ricardo, Maria do
Carmo Duarte e Sandra Carneiro —
"Num mundo onde a sociedade se encontra padronizada e onde a imagem vale mais
do que a própria palavra, um homem tenta libertar-se das pressões sociais
através das belas artes e da dança. João David é o culminar de criações artísticas,
uma metáfora sobre o sentido profundo da beleza e da arte.”
Há também a secção Noites Hard, onde encontramos 2 coproduções
luso-brasileiras: Brazil Carnival e Brazil
Solos, novamente de António
da Silva, que tem também um filme na secção Special Screening: Ecosexual.