FESTIVAL CÓRTEX REGRESSA A SINTRA COM FOCO SOBRE A INFÂNCIA
Em 2016 a programação do evento terá como foco a infância e retoma a parceria iniciada no ano passado com a MONSTRA – Festival de Animação de Lisboa.
Em 2016 a programação do evento terá como foco a infância e retoma a parceria iniciada no ano passado com a MONSTRA – Festival de Animação de Lisboa.
São dezasseis as produções portuguesas que competem na secção
nacional do Festival Córtex 2016.
A seleção inclui o documentário Fora da Vida, de Filipa
Reis e João Miller Guerra; as obras de "docuficção” Raízes, de André
Bem-Haja, e o experimental Outubro Acabou, de Karen Akerman e Miguel
Seabra Lopes; o filme de animação Amélia & Duarte, de Alice
Guimarães e Mónica Santos, e o documentário animado Pronto Era Assim, de
Joana Nogueira e Patrícia Rodrigues.
Os restantes filmes selecionados para esta secção, categorizados
como ficção, compreendem: I’m Sad, at Peace, and Proud, de Carlos Pereira, Maria do Mar, de João Rosas, Morrer,
de Flávio Pires, Rampa, de Margarida Lucas, Swallows, de Sofia
Bost, Viagem, de José Magro, Yulya, de André Marques, e This
Particular Nowhere Part I – Some Of Wigner's Friends, de Rita Macedo.
Integram ainda a competição nacional do Córtex A Glória de
Fazer Cinema em Portugal, de Manuel Mozos, que será exibido por estes dias
em Roterdão, Aula de Condução, de André Santos e
Marco Leão, fortemente aclamado no
exterior pelo fim do ano passado, e Provas, Exorcismos, de
Susana Nobre, exibido na Viennale ‘15.
Criada
em 2015, a secção de cinema para a infância Mini Córtex tem "o intuito
de envolver e estimular os mais pequenos, através do dispositivo que é o
cinema.” Programada em parceria com a MONSTRA – Festival de Animaçao de Lisboa, é constituída por uma seleção de dez curtas-metragens de animação e
conta com o apoio da Câmara Municipal de Sintra.
Entre
os filmes que integram esta competição há a destacar a presença de Deixa-te Contagiar,
de Teresa Cruz, cuja ação se desenrola numa fábrica de plasticina operada por
robôs habituados à mesma rotina repetitiva, algo que se altera quando "um deles
toma a iniciativa de mudar, incentivando os outros a serem criativos.”
O
outro destaque vai para a produção francesa, já que é a que mais fortemente
marca presença nesta secção do festival, com três curtas-metragens: Disco –
Toccata, de Grégoire Pont, Lua e o Lobo, de Patrick Delage, e Eu
e o Meu Panda de Estimação, de Camille Billaud, Doriane Lopez e Domitille
Mellac.
A
repetição desta parceria parece ser particularmente pertinente não só devido
aos bons resultados obtidos em 2015, mas sobretudo pelo foco da atual edição do
festival sobre a infância. O vencedor da competição Mini Córtex será pela
primeira vez eleito por votação dos alunos das escolas
do ensino básico do concelho de Sintra presentes nas sessões.
Conforme é habitual, a sessão de abertura do certame é dedicada a
um realizador "com um percurso notável no formato da curta-metragem”, que este
ano é Terence Davies. Serão exibidos os seus Children (1976), Madonna
and the Child (1980) e Death and Transfiguration (1983), uma
trilogia com traços autobiográficos, que o colocou "no
mapa cinematográfico como um dos cineastas britânicos mais originais do final
do século XX.”
A programação paralela ao Córtex incluirá duas masterclasses,
que decorrerão no MU.SA – Museu das Artes de Sintra. São elas JKL,
conduzida por João Braz e dedicada ao papel e importância da montagem e edição
de imagem, e Women in Film, a personal and political perspective from the UK,
conduzida por Claire Barwell.
O Festival Córtex terá lugar no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, de 18 a 21 de
fevereiro.