Em comunicado, a Cinemateca Portuguesa conta que Baptista-Bastos se "cruzou cedo com o cinema, quando assinou a coluna de crítica 'Comentário de Cinema' n'O Século Ilustrado, de que foi subchefe de redação".
"A sua cumplicidade lisboeta com Fernando Lopes, com quem colaborou na RTP e de quem era amigo chegado, confunde-se no entanto com as suas incursões no cinema português", sublinha a Cinemateca.
A Cinemateca cita um texto de Baptista-Bastos, "Dissertação sobre o Ofício da Amizade", escrito para o catálogo "Fernando Lopes por Cá" (1996), no qual, referindo-se ao seu relacionamento com o realizador, escreveu: "O nosso 'gentleman's agreement' [acordo de cavalheiros] não exigia total aceitação das ideias de cada qual; mas implicava, pelo menos, a sua compreensão e discussão. Deixando-se de compreender e de discutir, a validade da união tornava-se ambígua e inútil por insubstancial. Éramos quantos? Fomos todos".