Em que campos se tem notado mais a evolução do festival, de edição para edição?
A competição internacional de filmes tem procurado estreitar o espaço entre o norte e o sul e o este e o oeste deste planeta, procurando refletir o que de mais interessante se está a produzir em cada ano.
A produção da região do AVANCA tem evoluído exponencialmente, com cada vez mais obras e de melhor qualidade. Com a marca do festival, obviamente.
Os workshops deixaram de ser só um espaço de formação para se transformarem também em momentos de desenvolvimento de novos projetos fílmicos
Tem-se estreitado a ligação com as universidades e o espaço de investigação em cinema, proporcionando novos e complementares rumos aos estudantes e investigadores desta área. O surgir da Conferência científica no seio do Festival parece ter criado um novo modelo de evento internacional na área.
Quantas obras foram submetidas, no total, para participar nesta edição? Quantas foram submetidas na edição anterior?
No conjunto das várias competições, este ano ultrapassamos a barreira dos três mil filmes, o que é particularmente significativo relativamente aos dois mil duzentos e vinte do ano passado.
Aproximadamente quantos visitantes se prevê que estejam presentes no festival este ano? Quantos estiveram presentes na última edição?
Gostávamos de manter o número do ano passado, que ultrapassou os doze mil espectadores. Num ano em que tudo é marcado com um 20, certamente que ultrapassaremos fortemente os vinte mil espectadores entre esta edição 20 e os 20 anos do próximo ano.
Este ano, há algum filme, segmento ou workshop que gostaria particularmente de recomendar às pessoas interessadas no festival?
As longas-metragens em competição trazem grandes momentos para as noites do AVANCA 2016. Os filmes chegam da Argentina, Bélgica, Brasil, Cuba e Sérvia. Um deles terá aqui a sua estreia mundial.
Na cerimónia de abertura será exibido um filme, com produção iniciada no AVANCA 2014, que se espera ser uma surpresa e a melhor forma para iniciar todas as competições deste 20º festival.
O sábado é todo ele ocupado com a produção portuguesa da região, num formato inédito onde se pretende dar o grande ecrã e os cerca de 1000 lugares do Auditório Paroquial de Avanca à mais recente produção portuguesa que aqui estará maioritariamente em estreia mundial.
Nos workshops, dois filmes estarão em rodagem e este é o local onde novos projetos podem crescer. Entre a ficção, a animação e o documentário pode ser aqui o estaleiro dos novos filmes do cinema português.
Quais as suas expectativas para esta 20ª edição do Avanca?
Esperamos ser surpreendidos com a força mobilizadora e sobretudo criativa do cinema. Esperamos um festival que seja uma verdadeira porta aberta para novos encontros, projetos, criadores, espectadores e obviamente filmes. Tal como os habitantes de Avanca abriram as suas casas para receberem filmes e pessoas com uma grande disponibilidade, também assim queremos que seja a edição deste ano.