25ª edição Queer Lisboa começa dia 17 de setembro com 76 filmes de 27 países

07/09/2021
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Em 2021, o Queer Lisboa celebra 25 anos e homenageia o dramaturgo francês Jean Genet, na abertura do festival, que conta também com um programa de conversas em parceria com a ILGA. Neste aniversário, há muitos clássicos do cinema queer para conhecer ou rever e propostas de realizadores emergentes, anunciou hoje, em comunicado, a organização.

"Querelle”, de 1982, de Rainer Werner Fassbinder, que tem por base o Querelle de Brest, de Jean Genet é o filme que inaugura a 25ª edição do Queer Lisboa, a 17 de setembro, no Cinema São Jorge. Esta homenagem ao cineasta francês tem uma motivação histórica. Na primeira edição do então denominado Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa, que começou a 13 de setembro de 1997, a primeira noite abriu com a exibição da curta-metragem "Un chant d’amour”, de 1950, um ato isolado na realização, do novelista e dramaturgo francês, Jean Genet.
O Queer Lisboa, que se realiza de 17 a 25 de setembro no Cinema São Jorge e na Cinemateca Portuguesa, tem um programa vasto que inclui 76 produções de 27 países.

Na Competição de longas-metragens foram selecionadas oito películas e há três de estreias na realização, nomeadamente: "Madalena”, de Madiano Marcheti, estreada no Festival de Roterdão, e que narra as histórias que rodeiam o desaparecimento de uma mulher trans; "The Scary of Sixty-First”, de Dasha Nekrasova, vencedor do prémio Melhor Primeira Obra na Berlinale de 2021, que é um thriller psicológico centrado no caso de Jeffrey Epstein e "Garçon chiffon”, de Nicolas Maury, que assume a realização mas é também e protagonista de uma história sobre um ator gay a atravessar uma crise existencial.
Na Competição de Documentários a lista de filmes "transporta-nos para um conjunto de diferentes geografias, mapeando a multitude de vivências e problemáticas dos indivíduos e comunidades queer”, explica o comunicado.
Na Competição de Curtas-Metragens estão algumas obras de cineastas que já marcaram presença no festival e, inclusivamente, venceram outras edições, como é o caso de Yann Gonzalez, Marc Wagenaar e Cris Lyra. A concurso estão duas curtas portuguesas: "A Table for One”, de Carlos Lobo e "Luz de Presença”, de Diogo Costa Amarante, que já participou na competição do último Festival de Berlim.
A Competição "In My Shorts”, dedicada a filmes de escolas de cinema europeias, é composta por nove filmes e marcada por várias obras francesas.

 


Por fim, a Competição Queer Art, o festival destaca Acts of Love, de Isidore Bethel e Francis Leplay, "uma docuficção que utiliza o universo das dating apps para mostrar as várias formas que o desejo e a intimidade assumem após o término de um relacionamento” e "Desaprender a Dormir”, de Gustavo Vinagre.
De salientar ainda a iniciativa Queer Focus com um programa de filmes e debates selecionados em parceria com a Associação ILGA Portugal, que focam questões relevantes para as comunidades LGBTQIA+. Esta secção inicia-se com o documentário "The City Was Ours”, que aborda a importância do movimento lésbico na Holanda para o feminismo do país.
A organização informa que durante o festival lisboeta e o Queer Porto, o público poderá aceder online ao programa Outros Sistemas, "uma seleção composta por objetos artísticos interativos cuja existência é possibilitada pelo digital, e que procura refletir sobre a emergência de novas narrativas que confrontam a expressão queer com as particularidades dos formatos digitais”.
Para o Encerramento do festival foi escolhido "The Watermelon Woman”, de Cheryl Dunye, "importante marco do New Queer Cinema e reconhecido enquanto um dos mais importantes filmes lésbicos, realizado por uma mulher negra”, de acordo com a organização.
Conheça o programa completo aqui

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